quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Política, por Mafalda


Uma tirinha antiga que continua atual

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Branca de Neve Top Tweet

Num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha a princesa Branca de Neve. Sua pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como sangue e os cabelos pretos como o ébano.


Um dia a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se sozinho, casou-se novamente.

A madrasta de Branca de Neve era uma feiticeira cruel, ela possuía um site na internet, para o qual perguntava todos os dias:

- Internautas, Internautas! Há no cyber mundo alguém mais bela do que eu?

- É a mais bela de todas as mulheres! - Respondia a enquete virtual.

Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que ela.

Depois que o rei morreu, a rainha obrigava à princesa a vestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por todos.

Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao site:

- Internautas, Internautas! Há no cyber mundo alguém mais bela do que eu?

- Branca de Neve é a mais bela!

A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa, que ela venderia no e-bay. No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na

floresta, mas não a matou.

- Princesa, — disse ele — a rainha ordenou que eu a mate, mas eu preciso de uma faxina na minha casa, podemos fazer um acordo?

A princesa aceitou e foi de bom grado trabalhar na casa do caçador. A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve lavou a louça, as roupas e varreu a casa. No andar de cima da casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e dormiu.

Os donos das caminhas eram os sete filhos do caçador, que, ao voltarem para casa, se assustaram ao ver tudo arrumado e limpo, subiram a escada e ficaram muito espantados ao encontrar uma linda jovem dormindo em suas camas. Branca de Neve acordou e contou sua história.

Os meninos resolveram ajudar a princesa e montaram um blog para denunciar as mazelas da madrasta, e recorreram a ajuda de um especialista em inventário e herança. O blog fez um tremendo sucesso e logo a Branca de Neve ficou conhecida em toda a internet, montou um perfil no facebook e no Orkut e já ostentava mais de vinte e dois mil seguidores no twiter.

Branca de Neve conheceu um advogado através do MSN e conseguiu uma liminar caçando os direitos da madrasta quanto à movimentação do dinheiro do finado rei.

A madrasta entrou em uma profunda depressão e numa volúpia de melhorar seu já belo rosto recorreu a um cirurgião plástico, e devido a complicações na mesa de operação faleceu deixando todo o dinheiro para a verdadeira herdeira que montou uma Lan House para os filhos do caçador e vive feliz em sua nova mansão na Baviera.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Rapunzel ou "Casos de Família"

Um casal há muito tempo desejava inutilmente ter um filho. Os anos se passavam, e seu sonho não se realizava. Afinal, um dia, resolveram procurar uma clinica de fertilização. A médica os atendeu com muita paciência e assegurou que eles logo teriam uma criança.
Após alguns meses a mulher começou a sentir uma vontade incontrolavel de comer rabanetes (Podia ser caviar, mas a história se passa na classe media) e seu marido avido por satisfazer seu desejo saiu de casa em uma busca heróica.
Andou por muito tempo e conseguiu encontrar um jardim com canteiros cheios dos mais belos pés de rabanete que jamais imaginara, mas o jardim pertencia a uma feiticeira muito malvada (Que amava jardinagem, vai entender a mente humana). O marido pensou: “Tenho que conseguir esses rabanetes, custe o que custar!”
Decidido tocou a campanhia (Decidido era o nome do homem, o nome de sua mulher era Insistência, logo combinavam), a feiticeira atendeu a porta e já lhe disse:
- Fala
- Eu gostaria de alguns rabanetes para minha mulher – Disse Decidido.
- Vai lhe custar seu primeiro filho.
O homem pensou um pouco e logo disse:
- Aceito! (Não era muito apegado a nada, e percebeu que a história ficaria mais interessante, sutilezas da mente humana)
Enfim... Insistência comeu seus rabanetes, e quando o bebê nasceu resolveram colocar o nome na criança de Rapunzel e a feiticeira como combinado a levou para casa.
Rapunzel cresceu e se tornou a mais linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio da floresta. A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar mais alto. (Provavelmente um arquiteto nacional preocupado com o grande risco de enchente).
- Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças! - Gritava a feiticeira
Ao passo que Rapunzel respondeu:
- Só se eu puder lavar meus cabelos, estou aqui faz muito tempo e nem um creminho você me dá, não aguento mais toda essa cabeleira, preciso urgentemente de uma chapinha, veja quantas pontas duplas, meu cabelo está horrivel, sem brilho, só vou jogar minhas tranças se me levar ao salão.
A feiticeira não aguentou e, cansada das já frequentes reclamações, deixou Rapunzel a mingua sem comida ou bebida. Duas semanas depois Rapunzel foi encontrada morta.
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Insistência conseguiu engravidar de novo e durante a gravidez sentiu vontade de comer nabos, Decidido muito atencioso não pensou duas vezes abandonou a mulher e foi morar com a malvada feiticeira (Com quem tinha um caso de longa data, mas isso é outra história).

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Os perigos do funk

Executivo chega em casa mais cedo vai para o quarto, tira os sapatos e joga-se na cama.
Como toda manhã a empregada entra na casa e vai direto para a lavanderia.

Ele ouve um barulho vindo da area de serviços, levanta-se.

Ela liga a maquina de lavar e um radinho.

Ele percebe que o barulho vem da lavanderia, uma mistura de motor com funk, acha estranho, pega a arma que estava no gaveteiro.

Ela despreocupada cantarola.

Ele se aproxima devagar, entra na lavanderia e percebe que o barulho vem da maquina de lavar e do radinho da empregada. Suspira aliviado.

Ela se assusta com o suspiro, mas fica tranquila ao ver o patrão.

Tranquilamente ele pede que ela desligue o rádio.

Ela se nega.

Ele atira.

Realmente odiava funk pela manhã.


*Atendendo a pedidos:


"Deixo claro que esta é apenas e simplesmente uma obra de ficção, escrita sem a intenção de ofender ninguém, ainda ressalto que respeito todas as formas de manifestação artistica. O texto tem unicamente a intenção de retratar uma parcela da realidade, e não pretende provocar sentimentos discriminatórios. Logo é uma crônica e como tal é apenas uma representação social e não necessariamente corresponde as atitudes deste singelo autor ".

domingo, 7 de novembro de 2010

O gato de botas ou "Presente de Grego"

Era uma vez um gato muito esperto que foi deixado de herança para o mais jovem filho de um moleiro , que ao receber o gato ficou muito decepcionado com a parte que lhe coube na herança, mas o gato lhe disse:


- Meu querido amo me arrume um par de botas e um saco que te provarei minha utilidade – disse o gato num grego fluido e bem articulado (o jovem era ateniense)

Um pouco desconfiado o jovem fez o que o gato lhe pediu. O gato prontamente calçou as botas e colocou o saco nas costas. E partiu em direção ao palacio de Menelau, lá chegando escondeu-se no jardim e esperou até que a rainha fosse colher flores.

A rainha era muito bela e quando distraidamente abaixou-se para retirar uma rosa foi surpreendida pelo gato que rapidamente jogou o saco na sua cabeça e a nocauteou com um chute.

O rapaz durmia tranquilo quando o gato regressou com a rainha ainda desacordada, ficou surpreso com a atitude do gato e lhe perguntou:

- Gato o que pretendes com isso?

- Trouxe uma esposa para meu amo – Disse o gato com toda a pompa

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O rei sentiu falta de sua esposa e já preparava as tropas, quando reparou na porta do palácio (Muito desprotegido por sinal) um gato calçando botas, e logo lhe perguntou:

- Quem es tu ó criatura bem calçada?

- Sou quem sabe de tua esposa – A fama da rainha já não era das melhores

- Diga o que queres em troca da informação

- Quero ser nomeado Marquês de Carabás

- Esta feito!

O gato então levou um sequito de guardas até Atenas e entregou seu amo, que no momento estava com a rainha na cama (uns dizem que apenas dormindo, outros que estavam bem acordados). Os guardas levaram o jovem rapaz e o prenderam.

E então o novo marquês de Carabás ficou radiante com o êxito do seu plano e viveu feliz no castelo.


Moral: Se o seu animal falar com você, mate-o

sábado, 6 de novembro de 2010

A bela e o político

Há muitos anos, em uma terra distante (Perto do Alagoas) viviam um mercador e suas três filhas. A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso era chamada de "BELA".
Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios.
— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não crescem – disse Bela (Demonstrando não conhecer tão bem nosso querido Brasil, sim temos rosas).
O homem partiu e viajou por muito tempo. Estava muito cansado e faminto quando foi surpreendido em uma mata por furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho.
Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e vinho delicioso.
Repousado e satisfeito, o pai de Bela saiu do palácio. Perto do portão viu uma roseira com lindíssimas rosas e se lembrou do pedido de Bela. Parou e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, um ser monstruoso que disse:
— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando minhas rosas?
O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe por perdão. A fera lhe propôs, então, uma troca: deveria fazer boca de urna para ele nas próximas eleições.
Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela aproximou-se dele e lhe disse:
— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É justo que eu vá...
De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida. Pegou uma camiseta do partido e alguns santinhos e partiu para o seu misterioso destino.
Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia descrito o pai. Pôs-se então a visitar o palácio, e logo encontrou a fera . Sentiu-se perdida e já ia implorar piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e suplicante lhe disse:
— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo, mas preciso que você me ajude, preciso ser eleito, com sua beleza e meu dinheiro seremos imbatíveis.
Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa bela consentiu.
Passaram juntos muitas semanas fazendo faixas e preparando comícios, Bela cada dia se sentia mais afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito persuasivo, culto e educado.
Uma tarde, a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:
— As eleições estão chegando, corra aos colégios eleitorais e troque as urnas oficiais por estas manipuladas.
A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para ganhar tempo, disse:
— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo!
A Fera pensou um pouco e fazendo Bela prometer que após sete dias voltaria, a deixou partir.
Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos, pois a imaginava em Brasilia, lhe disse:
— Corra e troque logo as urnas, o povo nunca sabe o que é realmente importante, depois de eleita você os convence que foi o que aconteceu de melhor.
Bela trocou rapidamente as urnas e correu para o palácio para acompanhar a apuração junto com a Fera. Com os votos sendo computados e a vitória da Fera dada como certa uma estranha transformação começou a acontecer, o monstro começou a se modificar e a ficar cada vez mais terrível, já não era mais possível ver qualquer sombra de humanidade nele, uma criatura horrivel apareceu diante de Bela.
E até hoje podemos encontrar esse monstro vagando pelos corredores do senado, uma aparência assustadora, mas incrivelmente persuasivo.