segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Senhor Papai Noel

Papai Noel fui um bom menino
Mas o senhor não veio seu Cretino
Eu só pedi uma bola e um peão
Mas o senhor me deixou na mão
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Pergunto sobre essa adversidade
Meu pai cita minha idade
Por isso serei diferente
Totalmente contraproducente
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Vou bater no meu irmão
Aquela aberração
Ele ganhou um carrinho
Que juro, farei picadinho
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Minha irmã sapeca
Ganhou um boneca
E eu comportado
Nem fui abraçado
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Falam da minha idade
Que já passei da puberdade
Mas quem fez essas leis
Não ser criança com apenas vinte e seis

domingo, 13 de dezembro de 2009

Industria Cultural

Me pego assistindo televisão e imaginando a grande roda industrial presente em um inocente programa, e fico me perguntando como funciona a escolha das programações e o porquê da falta de criatividade televisiva. É simples a produção cultural é direcionada para a obtenção de lucros, tendo como base padrões de imagem cultural capazes de conquistar o público de massa, a produção cultural brasileira não objetiva a expressão artística e normalmente está vinculada e planejada sob pretensões financeiras.

A principal forma cultural construída pela indústria é inquestionavelmente a televisão, que ensina e forma indivíduos cada vez mais cedo, na TV podemos observar diferentes temas e culturas expostas a qualquer horário para qualquer idade. Este instrumento de comunicação pode ser utilizado para mostrar conteúdos reveladores que instigam a criatividade e o desenvolvimento humano, porém é comumente utilizado para alienar o telespectador levando-o a pensar e agir como lhe é proposto sem qualquer possibilidade de argumentação.

A grande vilã da historia tinha tudo para ser grandiosa e de realizar feitos maravilhosos levando diversão, cultura e conhecimento. A televisão possui uma cobertura geográfica e uma penetração nacional e internacional fascinante podemos assistir o mesmo programa que uma pessoa na Amazônia ou até no Japão, e é neste contexto que ela deixa a desejar, uma vez que os interesses japoneses não são os mesmos que o de brasileiros.Pouco se sabe das grandes personalidades nacionais, Machado de Assis é em algumas regiões apenas o nome de algumas avenidas e ruas, e não é o único está junto com outros nomes grandiosos que apenas tem importância para localização nos principais guias de endereços.

Infelizmente a triste realidade da mídia brasileira é que são focados apenas objetos de compra e venda e não propriamente a cultura não existe a preocupação com a divulgação da identidade nacional. A produção realizada pela indústria cultural é centralizada apenas no interesse lucrativo que impõe um padrão determinado a ser mostrado que transformou o telespectador ao longo dos anos em uma pessoa sem critica incapaz de desligar o aparelho, programado apenas para trocar de canal.

A indústria cultural funciona como uma empresa, atenta a custos de distribuição e retorno de lucros, por isso produz algo que conquiste o publico e que tenha certa relevância comercial se possível que se ramifique em produtos licenciados aumentando os dividendos das ações. E a cultura representada pela manifestação artística essencialmente popular, as tradições históricas contadas de pai para filho os grandes autores que dedicaram tanto tempo para a criação de obras inspiradoras, ficam destinados a estantes ou aos horários sem repercussão.

Daqui continuarei acompanhando a novela das oito e acreditarei sem pestanejar nos jornais nacionais, assistirei a programas sensacionalistas e a apresentadores sem qualquer qualidade e enfim aprenderei a cozinhar, são tantos programas que nem saberei qual escolher, mas um dia (Tenho certeza!) vou ter coragem de desligar a televisão e viver minha própria vida.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É tempo de Despertar

Acordo atrasado

Vejo o relógio cansado

Refletido no espelho

A Imagem, um conselho

Ainda estou sonolento

Mas sinto um abatimento

Onde esta a figura

Com tanta bravura

Meu rosto revela

A idade que se rebela

Seus direitos reclama

É minha alma que clama

Agora estou acordado

Percebo esse tempo abusado

Roubando minha juventude

Trocando minhas virtudes

Antes forte e destemido

Agora paciente, comedido

Sem beleza aparente

Com o coração benevolente

É tarde, mas estou acordado

Ainda dá tempo de ser perdoado

Peço ao tempo incompreensível

Que seja um pouco mais sensível

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aos que foram

Aqui ficou a lembrança
Me pego na esperança
Que viajaste tão tranquilo
Na rapidez de um cochilo

A dor é de quem fica
O corpo vazio putrifica
E a memória guardada
Deve ser sempre preservada

Minha lagrima se despede
Do rancor que impede
Da tristeza comedida
No momento da partida